Skip to content

Ferramentas alinhadas para abordar os quatro principais elementos de reporte cobertos na iniciativa:  

  1. exposição do risco ambiental e social;  
  2. sistemas de gestão e atividades para abordar esse risco;  
  3. níveis de rastreabilidade e controle de materiais na cadeias de suprimento; e  
  4. progresso e resultados relacionados para cadeias de suprimentos éticas.

Elas também utilizam métricas que sejam claras, robustas e apropriadas. Muitas dessas métricas foram desenvolvidas ou aperfeiçoadas em colaboração com a AFi, utilizando a Metodologia Comum para Avaliação de Progresso em Direção a Cadeias de Suprimentos Livres de Desmatamento em floresta e outros ecossistemas naturais. 

Ferramentas e normas de reporte mais utilizadas

As seguintes ferramentas de reporte são algumas das mais comumente utilizadas e que podem ser usadas para reportes alinhados com o Accountability Framework: 

Questionário Corporativo do CDP

A CDP opera um sistema de divulgação global que apoia as empresas a tornarem seus riscos ambientais e impactos transparentes às partes interessadas. No contexto dos setores de commodities cultivadas, investidores e compradores de commodities utilizam o CDP para solicitar dados de sustentabilidade aos seus parceiros comerciais, tomar decisões informadas e incentivar a melhoria de alto desempenho. O questionário corporativo do CDP é a ferramenta mais profunda e abrangente disponível para o reporte de políticas, ações e resultados relacionados ao desmatamento causado por commodities.

O questionário corporativo do CDP permite que as empresas respondam a respeito de múltiplas questões ambientais, incluindo florestas, em um único questionário. O conteúdo visível a partir desse questionário é determinado pela avaliação de quais questões são materialmente relevantes para uma empresa.

As empresas podem reportar sobre sete commodities que representam riscos às florestas: óleo de palma, madeira de corte, pecuária, soja, borracha, cacau e café. O questionário de florestas foi totalmente revisado para estar alinhado com o Accountability Framework e permitir que as empresas façam reportes efetivos sobre políticas e compromissos, rastreabilidade e avaliação de risco, engajamento de fornecedores e resultados relacionados a cadeias de suprimentos livres de desmatamento.

Relatórios conjuntos regulares com a CDP demonstram como os reportes em relação a CDP podem ser usados para avaliar o progresso em relação as expectativas do Accountability Framework. Veja o reporte mais recente. 

Normas Europeias de Relatórios de Sustentabilidade (ESRS)

As Normas Europeias de Relatórios de Sustentabilidade (ESRS) são um modelo que as empresas na União Europeia são obrigadas a seguir em seus relatórios sobre sustentabilidade. As normas foram desenvolvidas pelo European Financial Reporting Advisory Group (EFRAG) e adotadas pela Comissão Europeia em 2023. Aplicam-se às empresas que atuam sob a Diretiva de Reporte de Sustentabilidade Corporativa (CSRD), o que significa que o ESRS é uma forma de divulgação obrigatória para as empresas aplicáveis. A partir de 2025, as grandes empresas devem começar a reportar conforme essas normas, e todas as pequenas e médias empresas (PME) listadas, até 2028. Com base numa abordagem de “dupla materialidade”, as normas obrigam as empresas a reportarem não apenas questões que as impactam, mas também sobre como elas próprias impactam as áreas problemáticas. As ESRS exigem que as empresas reportem uma ampla gama de tópicos padrão, incluindo impacto ambiental, impacto social e governança da empresa. Há também normas transversais de requisitos e divulgações gerais (ESRS 1 e 2) que fundamentam os relatórios, bem como informações gerais, tais como políticas, medidas e objetivos que devem ser reportados independentemente da avaliação de materialidade. Esses requisitos gerais baseiam-se nos pilares de TCFD/TNFD/ISSB. 

Global Reporting Initiative (GRI) 

A Global Reporting Initiative (GRI) fornece os padrões mais amplamente utilizados para reporte de sustentabilidade. As normas da GRI cobrem uma ampla gama de tópicos de sustentabilidade e foram desenvolvidas através de um processo de várias partes interessadas com extensiva consulta, e são disponibilizadas gratuitamente.

As Normas da GRI para os setores de agricultura, aquacultura e pesca fornecem uma oportunidade para reportes públicos abrangentes ao longo de todo o escopo do Accountability Framework. A norma identifica os tópicos de sustentabilidade que são provavelmente relevantes para empresas nesses setores, e fornece uma lista de divulgações sob as quais as empresas devem reportar em relação a cada tópico. Ela orienta a divulgação de todos os principais elementos do Accountability Framework – incluindo a desmatamento em ecossistemas e direitos de povos indígenas, comunidades locais e trabalhadores – bem como em impactos climáticos, meios de vida sustentáveis e outros tópicos. Essa norma pode ser utilizada por empresas a montante na cadeia para reportarem de forma abrangente suas políticas e atividades em sustentabilidade, e os impactos alinhados com o Accountability Framework.  

Estrutura de Reporte de Implementação (IRF)

A Estrutura de Reporte de Implementação (IRF) é uma ferramenta de reporte com base em volume elaborado através de um processo consultivo liderado pela Proforest e operacionalizado no setor de óleo de palma através do Grupo de Colaboração de Óleo de Palma. O IRF facilita os reportes com base em volume sobre a conformidade dos volumes de óleo de palma com os compromissos de desmatamento zero em floresta, desmatamento e não exploração de turfeiras (NDPE), permitindo que as empresas desenvolvam medidas de progresso agregadas mesmo ao comprar volumes de commodities de intermediários sem rastreabilidade total até o produtor. 

Estrutura de Reporte da PNONU (UNGP RF)

A Estrutura de Reporte da PNONU (UNGP RF) orienta de forma abrangente o reporte corporativa em relação aos Princípios Norteadores da ONU para Negócios e Direitos Humanos. Foi elaborada através de um processo consultivo envolvendo representantes de mais de 200 empresas, grupos investidores, organizações da sociedade civil, governos, fornecedores de garantia, advogados e outras organizações especializadas. As empresas podem utilizar o UNGP RF para estruturar seus reportes sobre as políticas, implementação e resultados relacionados à Accountability Framework com relação aos direitos dos trabalhadores e direitos de povos indígenas e comunidades locais.  

“O Accountability Framework fornece uma linha de base comum que simplifica o entendimento das empresas sobre o que precisam fazer em resposta às principais questões ambientais, e facilitar que os grupos de conservação se alinhem em uma abordagem comum.”

Glenn Hurowitz CEO, Mighty Earth